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Taxa de subutilização do trabalho cai para “mínimos históricos”: O que é?

A subutilização do trabalho desceu para “mínimos históricos”, de acordo com uma análise mensal ao mercado de trabalho divulgada pela Randstad Portugal, que é baseada em dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) e da Segurança Social, relativos a setembro de 2025.

“Em setembro, o emprego aumentou 0,2% face a agosto, o que corresponde a mais 9.400 pessoas empregadas. A população ativa também cresceu 0,3% (+13.700 pessoas), totalizando 5,62 milhões de pessoas e a bater recordes de décadas”, pode ler-se numa nota a que o Notícias ao Minuto teve acesso. 

Em termos homólogos, pode ler-se no mesmo comunicado, “a tendência é ainda mais expressiva: há mais 183.000 pessoas empregadas do que em setembro de 2024 (+3,6%) e mais 164.600 pessoas ativas (+3%)”.

“Este crescimento reflete o dinamismo do mercado de trabalho, com o aumento do emprego a superar a redução do desemprego”, pode ler-se na nota divulgada. 

Ora, a “taxa de desemprego situou-se em 6%, valor superior ao de agosto (+0,1 p.p. mensal) mas inferior em 0,5 p.p. face ao ano anterior”, sendo que, “em setembro, havia 337.200 pessoas desempregadas, menos 18.500 do que há um ano”.

Taxa de subutilização do trabalho cai: O que é?

A subutilização do trabalho, um “indicador que mede situações em que as pessoas estão a trabalhar menos do que gostariam ou não usam plenamente as suas competências, atingiu em setembro o valor historicamente baixo de 10,2%“.

“Atualmente, 585,3 mil pessoas estão nesta condição, número que inclui 337,2 mil desempregados, 118 mil trabalhadores a tempo parcial que desejam mais horas, 31,8 mil inativos à procura de emprego, mas indisponíveis e 98,3 mil inativos disponíveis mas que não procuram trabalho”, pode ler-se na nota divulgada.

Há dez anos, refira-se, “a taxa era de 22% da população ativa alargada (1,16 milhões de pessoas)”, sendo que a “queda para menos de metade reflete a melhoria das condições do mercado de trabalho, o crescimento económico e políticas mais eficazes”.

“A tendência é de redução contínua, aproximando o país de uma situação de pleno emprego — em que todos os que querem e podem trabalhar encontram um posto. Mesmo assim, persiste um desajuste entre as competências disponíveis e as necessidades das empresas, o chamado desemprego estrutural, que tende a manter-se independentemente das fases do ciclo económico”, é ainda explicado.

Isabel Roseiro, Diretora de Marketing da Randstad Portugal, diz, citada na mesma nota que a “trajetória de descida da taxa de subutilização do trabalho é uma notícia positiva, uma vez que mostra que o mercado de trabalho está mais dinâmico e inclusivo, aproximando Portugal de uma situação de pleno emprego”.

“Ainda assim, persiste um desajuste entre as competências disponíveis e as necessidades das empresas. Este desemprego estrutural tende a manter-se mesmo em fases de crescimento, o que reforça a importância de políticas de qualificação e reconversão profissional que acompanhem a transformação do mercado de trabalho”, sublinha.

Remunerações médias declaradas à Segurança Social caíram em agosto

Segundo a Randstad e analisando os dados divulgados pelos Centros de Emprego Nacionais (IEFP), “o número de desempregados registados aumentou 0,3% (+962 pessoas), para 302.600, e os pedidos de emprego subiram 0,7% (+3.179)”.

De referir que o “desemprego registado aumentou apenas nos homens (+1.009), enquanto nas mulheres houve uma ligeira queda (-47)”.

“Em termos homólogos, observou-se uma diminuição de 2,6% no desemprego registado (-8.149 pessoas) e menos 10.551 pedidos de emprego (-2,4%)”, pode ainda ler-se. 

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