Ex-Benfica choca Palmeiras ao cair do pano e retira Abel da liderança
O Palmeiras, equipa orientada pelo treinador português Abel Ferreira, sofreu, na madrugada de sábado para domingo, um deslize potencialmente fatal no que diz respeito às aspirações da conquista do título de campeão brasileiro, fruto da derrota sofrida na deslocação ao Estádio Urbano Caldeira (mas conhecido por Vila Belmiro), perante o Santos, por 1-0.
O golo que fez a diferença, no jogo em atraso da 13.ª jornada, surgiu já um minuto depois dos 90, quando Benjamín Rollheiser (jogador argentino que protagonizou uma breve passagem pelo Benfica, entre julho de 2024 e janeiro de 2025), acabado de entrar para o lugar de Zé Rafael, recebeu um passe de Robson Júnior e ‘disparou’, de primeira, para o fundo das redes à guarda de Carlos Miguel.
Feitas as contas, com este resultado, e numa altura em que restam apenas cinco rondas por disputar, no principal escalão do futebol canarinho, o Palmeiras é segundo classificado, com 68 pontos, menos três do que o agora líder isolado, o Flamengo, que, horas antes, fora à Arena Pernambuco golear o Sport, por 1-5.
A equipa dos portugueses Sérgio Oliveira (que foi suplente utilizado), João Silva (que não saiu do banco) e Gonçalo Paciência (que não foi convocado) até entrou com o ‘pé direito’, de tal maneira que, aos 15 minutos, já fazia a festa, graças a um golo de Pablo. No entanto, as expulsões de Matheus Alexandre e Ramon Menezes, ainda antes do apito para o intervalo, deitaram tudo a perder.
A formação carioca, por seu lado, não se fez de rogada, e consumou a reviravolta no marcador à ‘boleia’ dos golos assinados por Luiz Araújo, Juninho Vieira, Bruno Henrique, Ayrton Lucas e Douglas Telles, aos 41, 61, 63, 71 e 80 minutos, respetivamente, construindo um resultado que acabou por ‘lançá-la’ no topo.
Até ao final da temporada de 2025, o Palmeiras ainda terá pela frente Atlético Mineiro, Vitória, Fluminense, Grêmio e Ceará. O Flamengo, por seu lado, tem encontros marcados com Fluminense, Bragantino, Atlético Mineiro, Ceará e Mirassol. Curiosamente, pelo meio, os eternos rivais vão defrontar-se… na final da Taça Libertadores.
Abel Ferreira não ‘atira a toalha ao chão’
Apesar deste desaire, que surgiu numa altura particularmente delicada da temporada, Abel Ferreira recusou ‘atirar a toalha ao chão’ no que à luta pelo título de campeão canarinho diz respeito, e, na conferência de imprensa que se seguiu ao apito final, atirou: “É jogo a jogo. Faltam 15 pontos, e, no final, vamos ver”.
“Não viemos à procura do empate, viemos para ganhar, mas, no primeiro tempo, o Santos criou mais perigo, teve uma chance, numa perda de bola nossa. Em termos de passe, o nosso meio-campo não funcionou como queríamos. A percentagem com que conseguimos ligar o jogo foi de 50% de acerto e de 50% de erro”, afirmou, citado pelo portal Globoesporte.
“Na segunda parte, fizemos os ajustes que tínhamos de fazer. O Santos fez o golo, no final, mas lembro-me de uma bola de saída com o Luighi, outra com o Flaco sozinho e foi fora, uma do Maurício que leva um empurrão e não consegue acertar na bola… A segunda parte foi muito melhor”, prosseguiu o treinador português.
“Depois, faltaram pilhas ao nosso número 5 e ao nosso número 8, e faltaram opções para refrescar esses jogadores. O Veiga e o Aníbal tiveram de jogar até ao fim”, completou.
Leia Também: Santos-Palmeiras ainda não se joga, mas este é o ambiente na Vila Belmiro




