Jair Bolsonaro detido preventivamente no Brasil

Jair Bolsonaro foi detido preventivamente este sábado, segundo o portal g1, da Globo. De acordo com as informações iniciais, não se trata do cumprimento de pena, mas de uma medida cautelar.
“A Polícia Federal cumpriu neste sábado em Brasília/DF um mandado de prisão preventiva em cumprimento da decisão do Supremo Tribunal Federal”, lê-se num comunicado da Polícia Federal.
O antigo Presidente do Brasil foi levado para a Superintendência da Polícia Federal, onde ficará numa sala reservada para chefes de Estado e outras altas figuras públicas. A detenção aconteceu por volta das 6h00 no Brasil (9h00 em Portugal continental).
A prisão preventiva terá sido motivada por uma ação de Flávio Bolsonaro, senador e filho do antigo Presidente, que convocou uma vigília em frente à casa do pai. Segundo o g1, a Polícia Federal considera que o ato representava um risco para participantes e agentes policiais.
Risco de fuga e violação da pulseira
A ordem foi tomada pelo juiz Alexandre de Moraes, que apontou ainda para o “elevado risco de fuga” de Jair Bolsonaro, através de eventual “tentativa de utilização de apoiantes” para “obstruir a fiscalização das medidas cautelares e da prisão domiciliar”.
Segundo o juiz do Supremo Tribunal Federal, o Centro de Monitorização Integrada do Distrito Federal comunicou ao STF a tentativa de violação da pulseira eletrónica na madrugada deste sábado.
A detenção surge um dia depois de a defesa de Jair Bolsonaro ter pedido ao Supremo Tribunal Federal do Brasil que o ex-Presidente cumprisse em regime domiciliário a pena de mais de 27 anos de prisão a que foi condenado em setembro.
A defesa de Bolsonaro, de 70 anos, alega graves problemas de saúde, entre eles, as sequelas de uma facada que lhe foi desferida na região abdominal, em 2018.
Jair Bolsonaro estava em prisão domiciliária desde 4 de agosto, após ter sido condenado a 27 anos e três meses de prisão, juntamente com sete dos seus colaboradores mais próximos, entre antigos ministros e altos oficiais militares, por “liderar uma conspiração golpista” para reverter a sua derrota eleitoral em 2022 e “manter-se no poder”.
No dia 11 de setembro, quatro dos cinco juízes da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal formaram maioria para condenar o antigo Presidente brasileiro. Defendem que o golpe de Estado só terá fracassado devido à recusa dos comandantes do Exército e da Força Aérea, quando os acusados já tinham tudo pronto para decretar um estado de exceção, intervir na Justiça Eleitoral e manter-se no poder.
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