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O pé esquerdo de Lukebakio chegou a parecer uma mão (as notas do Benfica)

(5) Trubin – O grande objetivo do ucraniano era impedir que o Vitória, a par de Benfica, Sporting e Moreirense, continuasse a ser uma das equipas que tinham marcado em todos os jogos em casa na Liga. E conseguiu, pois os vitorianos nunca andaram perto do golo, sobretudo quando passaram a jogar com apenas dez. As maiores dificuldades de Trubin, em dois lances, foram criadas pelos seus pés.

(6) Aursnes – Antigamente seria o 115 do Benfica, agora é o 112: joga em todo o lado, embora nem sempre com o mesmo rigor. Teve muito rigor em diversos cruzamentos e, sobretudo, no cruzamento rasteiro que terminaria no grande golo de Dahl. Muito competente e, aqui e ali, com dois ou três lances muito perigosos.

(7) Tomás Araújo – Quarta titularidade nos últimos cinco jogos e terceira no eixo da defesa. Começou por dar nas vistas, logo a abrir o jogo, evitando que a recarga de Camara, embora em fora de jogo, acabasse em golo. Fulgurante desvio de cabeça, logo à entrada da segunda parte, após pontapé de canto de Lukebakio, na direita, abrindo o marcador no D. Afonso Henriques. Sem erros defensivos, também por força da ineficácia do Vitória em criar perigo, muito forte nos lances atacantes.

(7) Otamendi – A três meses de completar 38 anos, continua em grande. Festejou 250 jogos de águia ao peito e, mesmo tendo passado pelo FC Porto entre 2010 e 2013, tornou-se no exemplo acabado da mística benfiquista. E é o único totalista do Benfica na Liga: dez jogos, 900 minutos. Mas vai deixar de ser, pois sofreu o desejado quinto cartão amarelo. A competência do costume a defender e ainda perigoso em lances ofensivos, quer a atacar a área, quer em alguns lançamentos perigosos para as entradas dos laterais.

(7) Dahl – É quem mais recebe passes em profundidade no Benfica e este dado voltou a confirmar-se em Guimarães, tantas foram as vezes em que surgiu lançado pela esquerda. Muito boa abertura para o remate de Sudakov às malhas laterais e, a abrir a segunda parte, aproveitando a onda encarnada, recebeu passe de 35 metros de Aursnes, da direita, fuzilando a baliza de Castillo. Golaço do sueco; o seu primeiro de águia ao peito.

(7) Barrenechea – Titularíssimo (só não jogou frente ao Gil Vicente da jornada 7) e quase totalista em 2025/2026 (85 minutos, em média, em cada um dos 19 jogos que leva de águia ao peito. Era o rei dos cartões amarelos  no Benfica: cinco. Agora tem Otamendi a seu lado. Brilhante remate em arco, junto à barra, obrigando Castillo a desvio pela linha de fundo. Quase a terminar o jogo, remate forte para defesa do guarda-redes vitoriano, aparecendo João Rego a fazer o 3-0. Talvez a melhor exibição pelo Benfica.

(6) Ríos – Moral em alta depois da bela jogada frente ao Tondela em que ofereceu o golo a Lukebakio. Teve a devida prenda/recompensa do belga quando, aos 50’, este lhe colocou a bola na cabeça, para desvio pela linha de fundo, com relativo perigo.

(4) Sudakov – Leva quatro meses de competição e 25 jogos nas pernas, entre Benfica, Shakhtar Donetsk e Seleção da Ucrânia. E notou-se, como se tem notado em quase todos os jogos em que representou os encarnados. Demasiado lento e pouco dinâmico, apesar da técnica soberba, para manter-se titular numa equipa de Mourinho. Rematou às malhas laterais, após passe de Dahl, aos 35’. Teve sorte em não ter visto cartão vermelho, já na compensação do primeiro tempo, após entrada duríssima sobre Samu.

(5) Prestianni – Desde o início da época que não tinha, como agora teve, duas titularidades seguidas na Liga. Muito bem na primeira (Arouca), menos bem na segunda (V. Guimarães). Tentou dois ou três rasgos pela esquerda, mais dois remates sem grande perigo e foi tudo. Saiu para entrar Schjelderup, já depois de ter sido amarelado e de ter mostrado dificuldades no jogo muito físico do Vitória.

(5) Pavlidis – Seis golos nos anteriores quatro jogos dava para entrar no D. Afonso Henriques de cabeça bem levantada. Não teve muitas bolas de golo e a única que teve, se a considerarmos de golo, pois estava quase na linha de fundo, foi emendada sem chegar à baliza, aos 48’.

(7) Schjelderup – Entrou ao intervalo e ajudou a revolucionar o jogo ofensivo do Benfica. Muito fresco, quis sempre ir para cima do adversário direto e criou muitos lances de perigo. O ponto mais alto foi o passe para Barrenechea, para a zona central, junto à área vitoriana, com o argentino a rematar para a defesa apertada de Castillo, jogada que terminaria com o golo de João Rego.

(7) Leandro Barreiro – Entrou ao intervalo para o lugar de Sudakov e deu uma chapada no jogo lento e previsível do Benfica. Jogando alguns metros à frente do que jogara o ucraniano, criou muito perigo numa finalização de cabeça, após cruzamento de Lukebakio, que saiu à figura do guarda-redes vitoriano. Além disso, funcionou como um pequeno dínamo no jogo ofensivo do Benfica, algo que o 10 dos encarnados não conseguiu ser.

(6) João Rego  – Cinco minutos em campo e apareceu na cara de Castillo para aproveitar e recargar para o 3-0, na sequência de defesa incompleta do guarda-redes do Vitória.

(-) Henrique Araújo – Entrou aos 90’ e não teve, obviamente, qualquer influência no jogo.

(-) João Veloso – Idêntico a Henrique Araújo. Entrou aos 90’ e sem hipótese de dar nas vistas.

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