Polícia fará fiscalização de torcedores do Flamengo no Castelão; entenda

O projeto de Fair Play Financeiro da CBF está em sua fase final de formatação e deve ser apresentado oficialmente até o fim de novembro, segundo o jornalista Rodrigo Mattos (UOL). A proposta, que ainda precisará de aprovação da cúpula da entidade, estabelece um sistema de responsabilidade financeira para os clubes brasileiros, inspirado em modelos aplicados na Europa.
O grupo de trabalho da CBF baseia o novo regulamento em quatro pilares centrais. Os limites exatos para cada item ainda estão em discussão, e a expectativa é de que haja um período de adaptação para os clubes se adequarem gradualmente às novas regras. Os critérios são:
- Proibição de dívidas vencidas com atletas, clubes ou governo;
- Resultado financeiro equilibrado, sem déficit ou com déficit limitado;
- Controle de gastos com elenco com base em percentual da receita;
- Controle de dívida de curto prazo.
PRIORIDADE SERÁ EVITAR DÉBITOS ATRASADOS
A primeira medida a ser implementada deve ser a proibição de dívidas vencidas. Débitos novos, ou parcelamentos de antigos, precisarão estar rigorosamente em dia, sob risco de punição. Entretanto, a CBF descarta sanções drásticas de imediato. O diretor Caio Resende, em palestra sobre o Profut, explicou que o sistema será gradual, começando com advertências e multas, evoluindo apenas em casos de reincidência. “A sanção existe para garantir competitividade. Nenhum sistema começa rebaixando time ou tirando pontos”, afirmou o dirigente.
DISCUSSÃO SOBRE LIMITES DE GASTO E DÉFICIT ZERO
Um dos temas ainda em debate é o teto de gastos com futebol em relação à receita do clube. A tendência é adotar algo semelhante ao modelo da UEFA, que limita o investimento em 70% do faturamento. O Flamengo é um dos principais defensores da medida.
Outro eixo do projeto é o controle de resultado operacional. A ideia é que os clubes caminhem, ao longo dos anos, para equilibrar arrecadação e custos, buscando déficit zero ou até superávit. O monitoramento das dívidas de curto prazo, débitos com vencimento em até um ano, também será uma prioridade, já que impactam diretamente o fluxo de caixa e a capacidade de operação dos clubes.
CLIMA É DE APOIO, MAS RESISTÊNCIAS PODEM SURGIR
Os clubes ainda serão formalmente comunicados sobre o novo sistema, que em outras ocasiões enfrentou resistência e acabou não sendo implantado. Desta vez, porém, o cenário é diferente: as equipes da Série B já manifestaram apoio, e a cúpula da CBF indica disposição para manter o projeto mesmo diante de eventuais críticas. “Há um apoio incondicional ao Fair Play, mesmo que haja resistência”, relatou uma fonte da entidade ao jornalista.




