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Investigação: Um ano após morte de delator do PCC, foragidos são protegidos pelo Comando Vermelho no Rio de Janeiro Investigações apontam que criminosos envolvidos na execução de Antonio Vinicius Gritzbach, ocorrida em 2024, receberam abrigo d

07 de novembro de 2025 – Pelo menos dois acusados pela execução do corretor de imóveis Antonio Vinicius Gritzbach, conhecido como “delator do PCC”, foram monitorados pela Polícia Civil de São Paulo em comunidades do Rio de Janeiro nos últimos meses. As investigações revelam que os foragidos receberam proteção do alto escalão do Comando Vermelho (CV), principal facção criminosa do estado.

A morte de Gritzbach, ocorrida há exatamente um ano, em 8 de novembro de 2024, no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, expôs uma complexa rede de conexões entre o Primeiro Comando da Capital (PCC), o CV e policiais civis e militares de São Paulo.

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Foragidos protegidos em comunidade do Rio

Imagens obtidas com exclusividade pela investigação mostram Kauê Amaral, apontado como o “olheiro” que sinalizou a presença da vítima no aeroporto, escondido em uma casa na Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha. Drones registraram o suspeito em uma laje com piscina, cercado por barricadas e homens armados.

O outro foragido, Emílio Carlos Gongorra, o “Cigarreira” — identificado como mandante da execução — também está sendo procurado. Segundo a polícia, ele fretou um avião particular em Jundiaí (SP) e viajou ao Rio de Janeiro na véspera do crime. Ambos teriam sido acolhidos por lideranças do CV na mesma comunidade.

Durante o monitoramento, dois drones da Polícia Civil paulista foram abatidos por criminosos. Os investigadores classificaram uma possível operação de captura como “de alto risco”, devido ao controle territorial exercido por traficantes na região.

Caso Gritzbach expõe elo entre facções e corrupção policial

Quadro com as conexões ligadas à execução de Gtizbach | Foto: Arquivo pessoal

A execução de Gritzbach, filmada em plena luz do dia, revelou um sofisticado esquema de colaboração entre facções e servidores públicos. O corretor havia delatado operações do PCC e estava envolvido em transações milionárias com joias e criptomoedas.

As investigações conduzidas pela Polícia Civil, Ministério Público de São Paulo e Polícia Federal já levaram à prisão de policiais civis e militares acusados de envolvimento direto na execução. O relatório final, com 486 páginas, aponta seis indiciados por homicídio qualificado — entre eles, três PMs já presos e três foragidos, incluindo “Cigarreira” e Kauê.

Um crime de repercussão nacional

Gritzbach foi morto a tiros de fuzil logo após desembarcar de um voo vindo de Maceió (AL), carregando joias que, segundo a investigação, seriam parte do pagamento de uma dívida. Um motorista de aplicativo também foi atingido e morreu, e outras duas pessoas ficaram feridas.

A investigação revelou que o crime foi motivado por vingança, após a morte de Anselmo Santa Fausta, o “Cara Preta”, traficante do PCC que controlava o tráfico na Zona Leste de São Paulo. Desde então, o “caso Gritzbach” tem sido usado como exemplo da infiltração do crime organizado nas estruturas do Estado e da expansão nacional e internacional das facções brasileiras.

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