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Operação no Rio é aposta irracional e não impactará CV, diz professora

Elas têm êxito, às vezes, em apreender algumas armas e drogas. Matam muitas pessoas, às vezes suspeitos ou não, moradores, mulheres grávidas e crianças, interrompem unidades básicas de saúde, impedem escolas de funcionar e os moradores de ir para o trabalho. Há um impacto social gravíssimo para a sociedade, para o cotidiano dos moradores dessas áreas e, nesse caso, da cidade inteira.

O efeito é muito baixo. As ocorrências criminais não diminuem e não se consegue conter o avanço do controle territorial armado. É uma aposta irracional. Carolina Grillo, coordenadora do Geni-UFF

Segundo Grillo, a letalidade da mais recente operação supera até mesmo chacinas históricas do Rio, sem precedentes em termos de mortes causadas por ação policial.

Essa é a operação mais letal da história do Rio de Janeiro. Até então, a maior chacina policial da história havia sido a do Jacarezinho, com 27 mortos civis e um policial. A de hoje não é apenas a operação policial mais letal, como a chacina mais letal. Não houve na história do Rio de Janeiro nenhuma chacina praticada nem por grupo de extermínio, por grupos armados, tão letal quanto essa operação policial. Carolina Grillo, coordenadora do Geni-UFF

Ela aponta que operações baseadas em investigação financeira e desmonte de redes logísticas, como as feitas pela Polícia Federal, são mais eficientes e evitam tragédias recorrentes.

Muito mais eficientes são, por exemplo, essas operações como a realizada recentemente pela Polícia Federal, que conseguiu apreender quantias enormes de dinheiro do PCC, conseguindo identificar suas conexões na Faria Lima, em São Paulo. Essas operações têm um impacto de desmantelamento do crime organizado muito maior e foram realizadas sem nenhum tiro disparado.

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