Palmeiras encara missão quase impossível contra muralha da LDU que não sofre gols há 449 minutos

Pressão máxima no Allianz
O Palmeiras entra em campo nesta quinta-feira com um desafio gigante: marcar pelo menos três gols e não sofrer nenhum diante de uma defesa que vive fase quase impenetrável. A LDU chega ao Allianz Parque com 449 minutos sem ser vazada no torneio continental e carrega vantagem expressiva após vencer por 3 a 0 em Quito.
© Getty ImagesPalmeiras – Foto: Franklin Jacome/Getty Images
O cenário exige uma noite histórica do time de Abel Ferreira, que busca sua terceira final de Libertadores sob o comando do português. O técnico trabalha para manter o foco e transformar a energia da torcida em combustível para pressionar os equatorianos. A atmosfera promete ser de decisão desde o apito inicial.
A última vez que os equatorianos sofreram gol foi ainda nas oitavas, contra o Botafogo, no primeiro minuto da partida de ida. De lá pra cá, quatro jogos e nenhum gol sofrido. Botafogo novamente, São Paulo duas vezes e o próprio Palmeiras bateram na barreira branca sem sucesso.
Muralha equatoriana em alta
Com Tiago Nunes à frente, a LDU encontrou equilíbrio defensivo e disciplina tática. O técnico brasileiro estrutura o time com três zagueiros, reforço no meio e alas que alternam entre apoio e recomposição rápida. A solidez e a compactação complicam a vida de qualquer ataque.
Kevin Minda, Fernando Cornejo e Carlos Gruezo atuam como escudos à frente da zaga, com cobertura intensa e leitura rápida de espaço. Mesmo sem o goleiro titular Gonzalo Valle, lesionado, o experiente Alexander Domínguez tem dado conta do recado e passa confiança.
RJ – RIO DE JANEIRO – 14/08/2025 – COPA LIBERTADORES 2025, BOTAFOGO X LDU – O arbitro Wilmar Roldan durante partida entre Botafogo e LDU no estadio Engenhao pelo campeonato Copa Libertadores 2025. Foto: Thiago Ribeiro/AGIF
No lado esquerdo, a expulsão de Bryan Ramírez muda o plano: entra Leonel Quiñónez, mais marcador e menos ofensivo, reforçando ainda mais a fortaleza defensiva. A LDU deve apostar em transições rápidas e esperar o Palmeiras sair para o jogo.
Milagre ou história repetida?
O Palmeiras precisa vencer por quatro gols para avançar direto ou três para levar aos pênaltis. É difícil? Sim. Mas já aconteceu. Em 2017, o River Plate virou um 3 a 0 contra o Jorge Wilstermann e aplicou 8 a 0 no Monumental. Histórias grandes também surgem de noites improváveis.
O Allianz Parque deve estar lotado, pulsando e com clima de decisão. A torcida promete empurrar do início ao fim, acreditando em mais um capítulo épico desta era vitoriosa.
Brasil pode igualar a Argentina
Além da vaga, existe um peso histórico em jogo. Se um brasileiro levantar a taça em 2025, o país empata com a Argentina com 25 títulos da Libertadores. O Flamengo já está na final. Resta ao Palmeiras tentar impedir que a festa verde acabe mais cedo.
Independentemente do resultado, a semifinal já marca outro capítulo da rivalidade entre brasileiros e sul-americanos. Um jogo que vai além dos 90 minutos — envolve história, camisa, pressão e o sonho continental.
Concentração e coragem até o fim
Abel Ferreira sabe que a missão é dura, mas reforça a mentalidade vencedora do elenco. Para o técnico, decisões pedem espírito competitivo, paciência e frieza. O Palmeiras precisa atacar, mas sem se expor demais e correr riscos desnecessários.
O tempo é curto, o desafio é enorme, mas a confiança interna segue viva. O Verdão aposta no peso da camisa, no elenco experiente e no apoio da torcida para tentar uma das maiores viradas da sua história recente.
Tudo ou nada no Allianz
Nada será simples. A LDU chega como uma muralha. O Palmeiras, com seu orgulho ferido e sua história recente de glórias, tem a chance de transformar pressão em grandeza. Hoje, o torcedor acredita, e o time precisa corresponder. É noite de Libertadores — é noite de coração acelerado.




