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Armários, parede branca, frigobar ao lado da cama: vídeo mostra cela onde Bolsonaro está preso

BRASÍLIA – Armários, paredes brancas, uma cama de solteiro, frigobar ao lado da cama, uma pequena janela e ar-condicionado. Um vídeo obtido pelo Estadão mostra a composição da cela reformada na Superintendência da Polícia Federal no Distrito Federal para receber o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em prisão preventiva.

Do lado esquerdo do vídeo, uma porta corresponde à passagem para o banheiro privativo.

A sala fica em um local isolado da carceragem onde ficam os demais presos na Superintendência da PF em Brasília e recebeu sua atual estrutura após uma reforma realizada nos últimos meses. Ela tem aproximadamente 12 m² e fica próximo de uma área onde o ex-presidente poderá tomar banho de sol.

Movimentação em frente à Superintendência da PF em Brasília após prisão de Jair Bolsonaro Foto: Vinícius Valfré/Estadão

O espaço havia sido preparado pela PF diante da possibilidade de uma eventual prisão preventiva do ex-presidente. Tem uma estrutura nos moldes de uma “sala de Estado Maior”, prevista na legislação.

Ainda há possibilidade de que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes mande o ex-presidente para o Complexo Penitenciário da Papuda no caso da determinação do cumprimento definitivo da sua condenação por tentativa de golpe.

A ação policial foi planejada na sexta-feira, 21, pela Diretoria de Inteligência Policial (DIP), depois que o ministro Alexandre de Moraes proferiu a decisão de prisão preventiva.

Acolhendo a um pedido da Polícia Federal, que citou riscos à ordem pública pela convocação de uma vigília na porta do condomínio de Bolsonaro, Moraes determinou expressamente que a ordem de prisão fosse cumprida na manhã deste sábado sem uso de algemas e sem “exposição midiática”. Esse cumprimento aos finais de semana é atípico mas pode ocorrer em casos de urgência — o ex-ministro Walter Braga Netto também foi preso em um sábado, por exemplo.

Em nota, a defesa de Bolsonaro disse que a prisão causa “perplexidade” e afirmou que a decisão se baseia em uma “vigília de orações”. Os advogados alegam que o ex-presidente já estava detido em casa, “com tornozeleira eletrônica e sendo vigiado pelas autoridades policiais”, e contestam a “existência de gravíssimos indícios da eventual fuga”. Eles também afirmam que o estado de saúde de Bolsonaro é “delicado” e que sua prisão “pode colocar sua vida em risco”. A defesa informou que vai apresentar recurso.

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