Câncer de pele: como, quando e por que a cirurgia é feita?

O câncer de pele é o tipo de tumor mais frequente no Brasil, com cerca de 220 mil novos casos por ano, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). Grande parte desses tumores exige tratamento cirúrgico que, quando realizado no início, costuma ser simples e altamente eficaz. À medida que a lesão cresce, porém, o procedimento pode se tornar mais complexo e demandar reconstrução de pele.
O cirurgião oncológico Felipe Conde, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO), explica que a cirurgia é o tratamento padrão para a maioria dos casos, mas sua dificuldade depende diretamente do tamanho e da profundidade do tumor.
“Quando o câncer de pele é diagnosticado cedo, a cirurgia é rápida, pouco invasiva e com altíssima taxa de cura. O problema é esperar. Lesões que poderiam ser removidas com um procedimento simples acabam exigindo ressecções maiores e até reconstruções”, afirma Conde.
Como é feita a cirurgia?
A maior parte dos tumores de pele não melanoma, que são os mais comuns, é tratada com excisão cirúrgica, técnica que remove o tumor com uma margem de segurança ao redor. Em muitos casos, a cirurgia é realizada em consultório, com anestesia local.
Nos melanomas, tumores mais agressivos, o procedimento costuma ser maior e pode incluir:
- Retirada ampliada da área afetada
- Análise dos linfonodos para verificar se há disseminação
- Reconstrução com retalhos ou enxertos quando necessário
“O melanoma cresce rápido e pode se espalhar. Por isso, quando há suspeita, a indicação é operar o quanto antes. A cirurgia em tempo oportuno é o principal fator preventivo da metástase”, explica o especialista.
Sinais que exigem avaliação imediata
Conde alerta que qualquer alteração deve ser observada. Alguns sinais de alerta incluem:
“O corpo costuma avisar. O problema é ignorar uma ferida por meses ou esperar que uma pinta ‘melhore sozinha’. Essa demora é o que transforma uma cirurgia simples em algo mais complexo”, complementa.
Cuidados básicos evitam grandes procedimentos
A campanha Dezembro Laranja reforça que cuidados básicos reduzem drasticamente o risco e evitam procedimentos maiores. Entre eles:
- Protetor solar diário, mesmo em dias nublados
- Evitar sol entre 10h e 16h
- Uso de roupas adequadas, chapéu e óculos
- Observar a pele com regularidade
- Procurar avaliação médica ao primeiro sinal de mudança
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