É muito pouco provável que o governador tenha incorrido em uma imprecisão. Ele fez um cálculo, mas que não tinha dimensão das consequências e do tamanho da retaliação, da resposta das consequências, do transtorno que isso ia se tornar e como isso ia escalonar. Ronilso Pacheco, colunista do UOL
O colunista reforça que Castro buscou transferir o foco da crise para o governo federal ao fazer declarações que repercutiram rapidamente nas redes sociais.
O governador deliberadamente fez uma declaração que ele sabia que atrairia hostilidade para o governo federal. Não por acaso, logo depois já havia uma rede de bolsonaristas no Twitter e nas redes sociais fazendo hashtag de que o Rio estava sozinho, tentando culpabilizar o governo federal. Roniilso Pacheco
Ronilso também criticou a recusa do governador em assumir responsabilidade direta e a ausência de diálogo para operações desse porte.
O governador precisa assumir a sua responsabilidade à frente da segurança pública do Rio de Janeiro. Ele fez um cálculo político de uma declaração deliberada que ele sabiamente tinha consciência de que ela traria um movimento hostil com relação ao governo federal.
Foi obrigado a recuar porque as incoerências dessa afirmação e as evidências foram se tornando cada vez mais claras. Ainda que elas fossem reais, isso não tira a responsabilidade do governador, que mostra não ter um plano inteligente e preciso. Ele não se mostra disposto a fazer um diálogo direto com o governo federal para uma operação nesse nível. Ronilso Pacheco
