Noite de muita emoção no Brasileirão! O Palmeiras de Abel Ferreira não conseguiu desatar o nó na receção ao Vitória (0-0) e voltou a perder pontos pelo terceiro jogo consecutivo. Este resultado permitia que o Flamengo descolasse, em caso de triunfo, no topo da tabela, mas os pupilos de Filipe Luís somaram uma derrota fora de portas (2-1) no reduto do Fluminense.
Assim sendo, a luta pelo título do campeonato brasileiro continua ao rubro. O Fla continua na liderança, com 71 pontos, e o Palmeiras mantém-se na perseguição – no segundo lugar -, com 69 pontos. Com quatro jogos por disputar, tudo pode mudar na corrida pelo troféu.
Um Palmeiras pouco inspirado
Frente ao aflito Vitória, no Allianz Parque, o Verdão dominou territorialmente, mas demonstrou pouca criatividade e ainda menos eficácia no último terço. O emblema orientado por Abel Ferreira tentou de tudo para terminar o duelo com três pontos na bagagem, mas tal não foi possível.
O Palmeiras entrou forte e criou perigo nos minutos iniciais – primeiro com Jefté, que foi travado no momento do remate, e depois com uma combinação entre Bruno Rodrigues e Veiga, resolvida facilmente por Thiago Couto.
A equipa baiana, contudo, organizou-se de forma coesa defensivamente, começou a trocar a bola com calma e até assustou aos 25 minutos, quando Renzo López cabeceou por cima após um cruzamento perfeito de Ramon. Com dificuldades em furar a muralha contrária, os alviverdes só ameaçaram através das investidas individuais do jovem Allan – que terminaram sem sucesso.
Ao intervalo, Abel Ferreira lançou Vitor Roque e Felipe Anderson para tentar dar outra dinâmica ao ataque, sendo que as mudanças surtiram efeito imediato. Allan obrigou Thiago Couto a uma defesa difícil e, no ressalto, Veiga também viu o guarda-redes negar-lhe o golo. O Vitória, com linhas muito compactas, tentou explorar o contra-ataque, mas mostrou pouca capacidade para acelerar quando recuperava a bola.
Nos minutos finais, o Palmeiras carregou com tudo e acumulou tentativas pelo ar e de longa distância, com Vitor Roque, Murilo, Facundo Torres e Felipe Anderson a deixarem o golo à vista. Mas Thiago Couto voltou a destacar-se e segurou o nulo até ao apito final. O sonho do título parecia ter ficado muito mais complicado…
Flamengo travado por Zubeldía e companhia
Ainda assim, e com uma oportunidade de ouro para distanciar-se do principal rival, o Flamengo sucumbiu à eficácia caseira do Fluminense (2-1) e abandonou o Maracanã a apenas dois pontos de vantagem relativamente ao vice Palmeiras.
A festa do Fluminense @Getty /
O Flu entrou com linhas altas, pressão forte e anulou por completo a construção do Fla, que acumulou diversos erros defensivos – principalmente durante o primeiro tempo. Luciano Acosta brilhou no meio-campo, distribuindo jogo e finalizando com perigo, até marcar um belo golo aos 27 minutos, num remate colocado que deixou Rossi sem resposta.
O Rubro-Negro afundou ainda mais minutos depois, quando um passe desastrado de João Victor terminou num erro de Rossi, permitindo que Serna colocasse a bola no fundo das redes e ampliar a vantagem para 2-0.
Na segunda parte, Filipe Luís mexeu na equipa, mas o Fluminense continuou confortável, controlando o ritmo e explorando a velocidade de Serna e Canobbio. Só com a entrada de Everton Cebolinha o Flamengo ganhou alguma profundidade, passando finalmente a criar perigo pelo lado esquerdo.
Aos 35 minutos, Léo Pereira cruzou com precisão para Juninho, que obrigou Fábio a uma defesa monumental. No lance seguinte, um remate de Carrascal bateu no braço de Renê e o VAR confirmou penálti. Jorginho converteu com classe, reduzindo para 2-1. O Flamengo carregou nos instantes finais, mas sem organização suficiente para superar a defesa tricolor, que segurou a vitória no clássico e aqueceu as contas da corrida ao título!
