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Moraes diz que democracia é madura para punir “organizações patéticas”

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), afirmou que a democracia brasileira é madura para responsabilizar “organizações criminosas patéticas”que tentam golpe de Estado. A afirmação consta na decisão que determinou a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

“A Democracia brasileira atingiu a maturidade suficiente para afastar e responsabilizar patéticas iniciativas ilegais em defesa de organização criminosa responsável por tentativa de golpe de Estado no Brasil”, diz o ministro.

Bolsonaro foi preso preventivamente neste sábado (22) após pedido da PF (Polícia Federal), que argumentou o risco concreto de fuga e ameaça à ordem pública.

Na decisão, Moraes também cita que os integrantes da organização criminosa são os próprios filhos do ex-presidente, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).

“Primeiro, um dos filhos do líder da organização criminosa, Eduardo Bolsonaro, articula criminosamente e de maneira traiçoeira contra o próprio País, inclusive abandonando seu mandato parlamentar. Na sequência, o outro filho do líder da organização criminosa, Flávio Bolsonaro, insultando a Justiça de seu País, pretende reeditar acampamentos golpistas e causar caos social no Brasil, ignorando sua responsabilidade como Senador da República”, cita o ex-presidente.

A prisão teve o aval da PGR (Procuradoria-Geral da República). “Diante da urgência e gravidade dos novos fatos apresentados, a Procuradoria-Geral da República não se opõe à providência indicada pela Autoridade Policial”, diz a manifestação apresentada ao STF.

Bolsonaro estava em prisão domiciliar desde 4 de agosto e teve agora convertida em preventiva por determinação do ministro Alexandre de Moraes.

A prisão ocorrida hoje é uma medida preventiva e não está relacionada à execução da pena de 27 anos e três meses de prisão por tentativa de golpe de Estado.

Bolsonaro deve passar por audiência de custódia neste domingo (23), às 12h. A confirmação da prisão do ex-presidente será analisada pelo plenário da Primeira Turma, em sessão extraordinária na próxima segunda-feira (24).

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