Neymar salvou o Santos do rebaixamento, dirão os mais emocionados. Está salvando, de fato. Depois de mal ter participado do campeonato e ajudado muito, muito pouco o Santos ao longo da campanha desastrosa, Neymar apareceu para decidir os jogos contra o Sport e Juventude. Não é só que eram os dois piores times do campeonato, eles estavam já rebaixados no momento dos confrontos.
O Santos, diga-se, ainda não está matematicamente salvo do rebaixamento. Jogará contra o Cruzeiro (reserva), na Vila, na última rodada, e bastará um empate para a salvação. Em caso de derrota, teria de torcer contra muita gente. Mas, com ou sem Neymar, o Santos chega à última rodada com uma sequência de três vitórias e dois empates, 11 pontos ganhos em 15 possíveis. São 11 dos 44 ganhos, ou seja, 25% dos pontos vieram na hora H.
No meu ponto de vista, o jogo crucial foi o empate contra o Inter, no Beira Rio, em um jogo em que o Santos foi dominado e voltou com um ponto milagroso – e para o qual Neymar sequer entrou no avião. Era obrigação ganhar dos dois rebaixados na sequência, e acho que o Santos, bem mais organizado desde a chegada de Vojvoda, ganharia ambos de qualquer maneira. Mas ganhou com Neymar brilhando e se transformando em herói.
