Erros infantis ditam “adeus” do FC Porto à Taça da Liga frente ao V. Guimarães

O FC Porto disse esta quinta-feira um adeus prematuro à Taça da Liga, depois de ser derrotado pelo V. Guimarães no Estádio do Dragão por 1-3. Os vitorianos juntam-se agora a Benfica, Sporting e Sp. Braga na final a quatro da competição, que será realizada em Leiria entre os dias 6 e 10 de Janeiro.
Francesco Farioli promoveu uma revolução total no “onze” portista, mexendo em nove peças e indo à equipa B buscar músculo. Pablo Rosario e Borja Sainz foram os únicos que permaneceram nos titulares face ao triunfo caseiro do passado domingo frente ao Estoril. O extremo marfinese Yann Karamoh fez a estreia absoluta pelo FC Porto, depois de quatro jogos e um golo na equipa B. Com Luuk de Jong a braços com nova lesão e Samu a descansar no banco, Farioli olhou novamente para a equipa B portista e para Ángel Alarcón como o jogador ideal para a frente de ataque.
Do lado do Vitória, a estratégia de Luís Pinto foi a oposta do adversário, mantendo-se o núcleo duro e fazendo-se ajustes pontuais com o regresso de Samu, Toni Strata e Mitrovic ao “onze”. A chegada à final a quatro era um dos objectivos da época dos vimaranenses e o técnico apresentou-se a jogo com todos os trunfos.
Apesar Farioli ter utilizado uma mixórdia de suplentes e homens da equipa B, as rotinas do 4-3-3 faziam-se pela batuta dos mais experientes. Prova disso foi o golo aos 8’, quando um passe longo de Pablo Rosário aproveitou a profundidade de Gabri Veiga. O espanhol recebeu com o peito, isolou-se e fez um chapéu ao guardião vitoriano.
O FC Porto marcava cedo e parecia bem embalado para uma noite tranquila. Aos 23’, o árbitro Hélder Carvalho assinalou grande penalidade favorável aos “dragões”, mas o videoárbitro levaria à reversão da decisão. Foi a partir destaque o sentido da partida se transformou. O Vitória continuava a ter muitas dificuldades em ligar o jogo entre sectores, mas ganhou novo alento. O FC Porto, amolecido pelo ritmo frio da partida, começava a somar erros e desatenções.
Um erro infantil de Pablo Rosário aos 37’ anulou a vantagem portista. O defesa atrapalhou-se junto da área, deixando escapar a bola após tentar fintar Oumar Camara. O antigo formando do Paris Saint-Germain seguiu isolado após o roubo de bola, mas seria rasteirado pelo defesa portista. Chamado a bater o penálti, Nélson Oliveira não perdoou e fez o empate que acompanhou as equipas até ao balneário.
Na segunda parte, Farioli quis injectar familiaridade na equipa “azul e branca”. Do banco saltaram Samu e Rodrigo Mora, para o lugar do estreante Yann Karamoh e de Gabri Veiga. Com a entrada das “estrelas” portistas, o ataque começou a carburar de outra maneira.
Mas, à semelhança do que tinha acontecido na primeira parte, erros individuais deitaram tudo a perder. Alan Varela, último homem da defensiva portista, hesitou perante a pressão de Samu e perdeu o esférico para o português. Sem qualquer adversário por perto, o vitoriano seguiu isolado até à baliza portista, rematando rasteiro e colocando o Vitória à frente do marcador.
O cenário podia ter-se tornado ainda mais pesado para os portistas, mas o golo marcado por Alioune Ndoye seria invalidado após revisão do videoárbitro por falta sobre Eustáquio.
Foi neste momento que soaram todos os alarmes na cabeça de Farioli. A carne foi colocada no assador, com as entradas de Pepê e William Gomes. A dupla brasileira deu velocidade e definição à ofensiva “azul e branca”, somando-se remates, cruzamentos e oportunidades de golo.
Mas a bola teimava em não entrar na baliza e o Vitória já tinha dado provas de que bastaria uma pequena brecha para chegar ao golo. Numa incursão dos vimaranenses, Eustáquio derrubou Noah Saviolo na área portista. De penálti, Oumar Camara fez o 3-1 e fez o checkmate aos portistas.




