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Entre noitadas e o cinturão: como Carlos Prates pretende ‘furar a fila’ dos meio-médios contra Leon Edwards

Carlos Prates não é um lutador convencional. Festas e bebidas não são um problema para o desempenho do brasileiro, que luta neste sábado (15) contra Leon Edwards no UFC 322, em Nova Iorque.

Em entrevista exclusiva à ESPN, Prates explicou como equilibra a vida de lutador e de “festeiro”: “Eu faço o que eu fazia antes. A diferença é que eu luto no UFC e estou ganhando um pouco mais de dinheiro, ficando famoso e a galera vê tudo isso”.

“Desde os meus 18 anos eu faço a mesma coisa. Sempre vou para balada, luto e vou para a festa. Lógico, nos momentos certos. A galera acha que a minha vida é só isso, que vou todo final de semana. Acham que minha vida é uísque e cerveja, mas não é. Eu gosto de tomar um uísque? Uma cerveja? Gosto, todo mundo gosta. Mas tem a hora certa”, brinca Prates.

Carlos é ‘cria’ do muay-thai e fez mais de 100 lutas em quase 6 anos morando na Tailândia. Mesmo que a ideia inicial do brasileiro não fosse ficar tanto tempo na Ásia, o meio-médio do UFC conta que aprendeu muito nessa época. Apesar disso, Prates não viveu vida tranquila, tendo que lutar por sua “sobrevivência”.

“Comecei a treinar com 16 anos e sempre com meu treinador, o Cris, que é um pai pra mim. E chegou uma época em que eu não estava muito bem aqui no Brasil. Então, resolvi ir pra lá. Era para ficar seis meses e acabou que eu fiquei quase seis anos. Lá é um lugar que a gente não consegue patrocínio, então você tem que lutar pra pagar suas contas, pra pagar a sua casa”, relatou.

“A gente tinha que lutar pra comer. Às vezes, em um mês, eu fazia três, quatro lutas para ganhar dinheiro. É uma coisa que só quem viveu sabe”, desabafou.

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Carlos Prates analisa Leon Edwards antes do UFC 322: ‘Nada vai assustar ele’

Lutador brasileiro encara o rival britânico no UFC 322, em Nova York

Carlos agora é o 9º colocado dos meio-médios na maior companhia de MMA do mundo, e já mostrou ser um atleta do mais alto nível, principalmente por conta de seu poder de fogo nas mãos. Agora, trabalha para enfrentar Leon Edwards, ex-campeão da categoria, mas já sonha com o cinturão, mesmo estando em meio a uma longa fila de pretendentes.

“Eu acredito que ele (Edwards) desista um pouco quando a coisa está ruim. Mas não vou contando com isso, vou preparado para a guerra, para morrer lá dentro. Porque um cara que está preparado para morrer, está preparado pra tudo, nada vai assustar ele. Se ele desistir, ótimo. Se não, a porrada vai comer até o final da luta”, promete Prates.

“Na fila mesmo para disputar o cinturão na próxima luta é só o Shavkat (Rakhmonov) e o Sean Brady. Respeito demais o Brady, é a luta mais difícil da categoria, mas é o estilo de luta que ninguém quer ver. Se eu meter um ‘nocautão’ no primeiro ou no segundo round contra o Leon Edwards, eu acho que furo a fila.”

Além da luta entre Carlos Prates e Leon Edwards, Islam Makhachev e Jack Della Maddalena disputam o cinturão da categoria no UFC 322. “O Pesadelo” também opinou sobre a subida de divisão do russo, que abandonou o título dos leves, e apontou quem é o favorito no embate.

“Com certeza (é justo o Makhachev disputar o cinturão). Era o campeão da categoria de baixo e largou o cinturão para lutar na categoria de cima. Minha torcida é para o Jack Della-Maddalena. Eu acho que ele evoluiu muito nesse tempo que ficou parado antes de lutar contra o Belal Muhammad. Mostrou um jogo bom de defesa contra a luta agarrada e é bom striker. Então acredito que a luta esteja um pouco mais a favor dele”, opinou Carlos.

Carlos Prates após vencer Geoff Neal por nocaute no UFC 319 Cooper Neill / Getty Images

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