Projeto do novo Canecão — Foto: Reprodução
A novela jurídica que cercava o Novo Canecão ganhou um capítulo definitivo. A 7ª Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região rejeitou a apelação movida pelo deputado federal Glauber Braga e manteve a legalidade da concessão de uso do terreno da UFRJ à iniciativa privada. O julgamento ocorreu nesta quarta-feira (26/11), com voto do desembargador federal Theophilo Antonio Miguel Filho, que confirmou a sentença e encurtou uma disputa que já se arrastava havia três anos.
A licitação que autorizou o uso da área, realizada em fevereiro de 2023, permanece válida. O consórcio Bonus Klefer segue responsável pelo projeto, que contará com um complexo cultural de grandes proporções que marca a reocupação do terreno de 15 mil m² no Campus Praia Vermelha, na Urca, onde funcionou o antigo Canecão, fechado desde 2010.
O plano prevê cinco pavimentos somando cerca de 20 mil m² de área construída, com oito unidades de entretenimento distribuídas entre subsolo, térreo e três andares. Além dos espaços para shows e espetáculos, o desenho inclui o Bosque Canecão, área verde que deve costurar a relação entre campus, moradores e público. A UFRJ receberá também obras internas como contrapartida. O consórcio se compromete a investir R$ 60 milhões na construção de um novo Centro Acadêmico com 80 salas de aula e capacidade para mais de quatro mil alunos, além de um Refeitório Universitário capaz de servir até 2.500 refeições por dia. Juntas, as estruturas somam 10 mil m² voltados ao uso acadêmico.
A concessão é de 30 anos. A proposta arquitetônica leva a assinatura de João Niemeyer, sobrinho de Oscar Niemeyer. A previsão é de que as obras sejam concluídas em 2026.
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