Nessa quinta-feira o São Paulo foi derrotado pelo vexatório placar de 6 a 0 pelo Fluminense no Maracanã. A derrota traduz a postura da diretoria são-paulina com a equipe nos últimos meses: abandono.
Com preocupações políticas sobrepondo o futebol, o presidente Julio Casares e o diretor de futebol Carlos Belmonte sequer acompanharam a delegação no Rio de Janeiro. Delegação essa que foi reduzida para o jogo: com 15 desfalques, sendo 13 no departamento médico e 2 lesões, o técnico Hernán Crespo teve apenas 21 jogadores para relacionar ao jogo.
Com um time de improvisos e muita necessidade de recorrer aos jovens, o São Paulo foi massacrado do começo ao fim no Maracanã, em um placar elástico que poderia ser ainda maior. A diretoria são-paulina, por sua vez, tratou com normalidade nas últimas semanas o número de ausências no São Paulo e pareceu ter preocupações maiores que a tabela do Campeonato Brasileiro.
O fato é que 2025 é um ano de reflexões e de escancaramento da necessidade urgente de mudança pelos lados do Morumbis. O que também é fato? 2026 é ano eleitoral. Em 2026, os mesmos cartolas que colocaram o São Paulo no chão na derrota desta quinta-feira no Maracanã estarão disputando o cargo.
O São Paulo FC é dominado por conselheiros e dirigentes que muitas vezes não se importam com o campo. De modo geral, o torcedor clama por menos política e mais profissionalismo, o desespero é coletivo. O ano de 2025 reservou muitas pancadas para uma torcida que definitivamente nunca abandonou seu time.
