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Mourinho explode: «Não fomos sérios, ao intervalo queria fazer nove substituições»

José Mourinho, treinador do Benfica, em declarações na zona de entrevistas rápidas da RTP, após a vitória sobre o Atlético na 4.ª eliminatória da Taça de Portugal.

– O Atlético fez um trabalho extraordinário. Vi-os jogar em Mafra num jogo do campeonato, fizeram um jogo extraordinário e percebi que tinham qualidades para nos tornar o jogo complicado. Mas a nossa primeira parte é pobre. E é pobre ao nível do que mais me dói, que é a atitude. A atitude foi pobre. Houve muitos jogadores que não foram sérios e não encararam as coisas como deviam encarar. Ao intervalo fiz quatro substituições, mas queria ter feito nove. Com os jogadores ao intervalo, disse os dois que estavam a levar o jogo a sério e que eu gostaria de manter em campo. Os outros nove não estavam. Na 2.ª parte melhorámos muito, o atlético já não conseguia sair com a mesma qualidade e era só uma questão de tempo para marcarmos. A 2.ª parte agradou-me porque a atitude melhorou.

Rodrigo Rêgo estreou-se, é para continuar?

– É para continuar. Não posso dizer se é para continuar como titular, não posso dizer se na quarta-feira contra o Ajax jogará ou não, mas sigo com a máxima atenção os jogadores das camadas jovens e eu sabia uma coisa do Rêgo: não sabia se seria capaz de fazer um grande jogo, mas sabia que não me ia trair. E eu não gosto de jogadores que me traiam, ou seja, que não joguem nos seus limites. Eu sabia que o Rêgo não o ia fazer. Conseguiu um jogo muito positivo, muito equilibrado e era um dos dois que eu não tirava ao intervalo.

Mudou o sistema para este jogo, mas ao intervalo voltou atrás.

– Não tem nada a ver uma coisa com a outra. O que não resultou foram os jogadores que estiveram em campo. Eu não queria individualizar porque é uma coisa que se deve fazer internamente, mas para tirar alguns dos jogadores que eu queria tirar, era preciso mudar o sistema. E tivemos jogadores que desde o primeiro minuto que não estiveram cá. E isso para mim é inaceitável. Já disse a alguns que não me venham bater à porta a perguntar por que razão não jogam.

A sua mensagem está a custar a entrar?

– Acho que a mensagem não é minha, é geral. Dos benfiquistas. No meu caso, eu sou o treinador e o responsável. Os jogadores têm responsabilidade comigo e com os benfiquistas. E há coisas em relação à atitude que não são aceitáveis.  

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